Fernando Pessoa nasceu em Lisboa. Foi um poeta, filósofo e
escritor português.
Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para
amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero
dizer-te é que te amo?
Para viajar basta existir.
Tenho em mim todos os sonhos do mundo.
A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento.
Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é
viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.
Querer não é poder. Quem pôde, quis antes de
poder só depois de poder. Quem quer nunca há de poder, porque se perde em
querer.
Precisar dominar os outros é precisar dos outros. O chefe é
um dependente.
Porque quem ama nunca sabe o que ama nem
sabe porque ama, nem o que é amar. Amar é a eterna inocência, e a única
inocência, não pensar...
A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é
impossível viver só, nasceste escravo.
Enquanto não atravessarmos a dor da nossa própria solidão,
continuaremos a buscar-nos em outras metades. Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.
O amor quer a posse, mas não sabe o que é a posse. Se eu não
sou meu, como serei teu, ou tu minha? Se não possuo o meu próprio ser, como
possuirei um ser alheio? Se sou já diferente daquele de quem sou idêntico, como
serei idêntico daquele de quem sou diferente? O amor é um misticismo que quer
praticar-se, uma impossibilidade que só é sonhada como devendo ser realizada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário